24
de Junho- 2016
Numa noite fria de inverno, cheguei neste
mundo numa cidade no meio do Pantanal. Parto demorado, difícil,... talvez como
iria ser uma determinada fase da minha vida.
Vida, que mistério é esse?
Tive
uma infância relativamente tranquila, harmônica, feliz; só que me sentia uma
estranha no ninho, como se o meu mundo não fosse aquele. De fato nós
pertencemos à vários mundos, várias vidas, vários lugares e só conseguimos nos
situar quando tomamos consciência desses
fatos
Com mais ou menos 13 anos deixei-me envolver
com as baladas da vida, começava tomar consciência da minha individualidade, mas
não queria ser igual a alguns jovens
da minha época (década de 60), que se
revoltavam contra os costumes, tradições, tornando-se Hippies. Pregavam a “PAZ
e o AMOR”, mas por ingenuidade, cultuaram a angustia,doença e morte.Não sabiam
que existia meios naturais para entrar em contato com o mundo espiritual, então
para atingirem esse objetivo, recorriam as drogas.O velho, (costumes e
hábitos), não era para ser destruído, mas sim transformado.Deveria deixar de
ser algo imposto de fora(pelo social) e se tornar em conteúdo sentido,
elaborado, entendido e querido no mais íntimo do indivíduo. Essa era a missão do
homem no Séc.XX. Caso tivéssemos realizado essa tarefa pessoal, não estaríamos
vivendo o vazio e a solidão que muitos reclamam.
Indagava-me muito sobre os tabus,
preconceitos, porque o sigilo de certos assuntos pelos considerados “adultos”.
Por que não podia participar para aprender, dialogar, entender? Por que de
certos mistérios religiosos? Nós somos fruto do Amor Divino. Por que não
podíamos compreender a nossa própria essência? Por que tratar os assuntos
naturais isolados dos sobrenaturais? Somos a imagem e semelhança de Deus. Por
que os assuntos sobrenaturais eram intocáveis pela consciência humana?
Durante vários anos, dos 14 aos 18 anos, tive muitos sacerdotes que me
aconselhavam, discutíamos muito as questões filosóficas, mas as dúvidas continuavam
e com elas continuavam as dúvidas do meu próprio ser.
Já
naquela época tinha muitas visões do meu futuro. Sabia que o dia ia chegar e
que eu iria conhecer minha sogra no Rio Grande do Sul. Sabia que a minha missão
nessa terra era ensinar e que me encontraria com muitas crianças, adolescentes
e adultos.
Desde muito cedo fui uma pessoa
determinada, pois tive os meus pais como exemplo de responsabilidade,
disciplina e retidão. Só mais tarde pude elaborar em forma de conceitos todos
os princípios que eles me transmitiram através das suas atitudes e entender todo
esse processo de vida dentro do contexto da humanidade.
Tive muitos amigos e admiradores e hoje percebo claramente a razão
desses reencontros com pessoas as quais já havia tido uma ligação afetiva
dentro de uma situação dramática em vidas passadas. A vida da gente nada mais é
do que uma repetição de situações ou oportunidades para que através do
desenvolvimento do órgão da memória nós possamos quebrar a barreira da ilusão e
vivenciarmos com plenitude o tempo, não com saudades do passado, nem com a
insegurança do futuro, mas com a intensidade do eternum presente.
Albert Steffen
Nenhum encargo me está dado,
De Deuses não
E não de Homens,
Ni’uma Doutrina por alguém me foi
recomendada,
Eu não sabia, deonde vim,
Par’onde eu vou,
Eu me achei no Local ond’eu nascera,
Pae, Mãe, Irmãos entorno de mim,
O Jardim,o Agro, a Floresta,
Longe a Montanha.
Um accebi eu breve, porém de ex mim:
Véro quero eu vir a ser, Bello
experviver, Bom fazer.
Muitos Homens vieram a ser-me nisso Modelo,
E eu deles gostava.
Destes pude eu aprender,
De Obras do divino Pretempo,
De as pesquisar, de as por em prova, de
as cumprir,
Isso era minha vontade, não de um outro.
Nenhum Mestre ordenou-me: Tu deves!
E quando elle o dizia, eu primeiro
examinava,
Fazia o que me parecia direito.
Assim eu olhava entorno de mim,
Avistava o Reino-Terra,
Pedras, Plantas, Bichos e as Estrelas.
Todos os wesen fallavam a mim,
E eu procurava concebe-los.
De cada aprendi eu algo,
De mim só pouquinho,
Até que eu mesmo me reconheci,
Qual um estranho, de ex o meu superior
Auto.
Primeiro pareceu-me o Mundo bom;
Depois vi eu, que muialgo era máo.
Eu entendia, todas Almas d’Homens são
lindas,
E avistei muitas assaz feias.
Eu procurava a Verdade
E achava a mentira.
Máo, odioso, mentira,
Transformar as queria eu.
Eu lutei porisso com Homens,
Quando elles a Liberdade me não
concediam,
De ver, de dizer, de fazer,
O que mesmo como Vero, e Bom e Bello eu
reconhecia.
Chistus eu estava permitido amar,
Pois elle jamaais a algo me forçara.
Elle veio a ser meu supremo Mestre.
Outros Homens o vieram a ser sómente,
Ental quanto diziam:
Não eu, mas sim Christus em mim.
Mas a Noite, que ao Nada Conduz?
Eu aprendi do Escuro a Saudade por Luz.
Luz desenvolve junto á Treva a Côr.
Côr desperta a Alma.
A Alma aprende dos Astros
As palavras dos Deuses.
A prima Verdade, que elles me ensinaram, ella soa:
Homem, tu és livre, e Homem, tu estás
permitido amar,
Homem, reconhece-te destinado a
Liberdade,
De ex amor sempre de novo nascido,
Para virtuar como Um na Comunidade de
Todos.
Isto é teu encargo, te por ti mesmo
outorgado,
Como a Livres e amantes apraz.