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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Ana Alice Coelho da Silva Baruki, alma juvenil, espontânea,  sempre alegre e companheira que em muitos Natais em família nos alegrou vestida de Papai Noel, para ver e vivenciar o sorriso e felicidade nos olhos  brilhantes das crianças e adultos. Escolheu este dia Glorioso em que comemoramos o nascimento de Jesus para partir e renascer no Mundo Espiritual.
Sabe Ana tem uma entrada da peça natalina que diz assim:
"Nossa entrada  benze Deus,
Nossa saida igualmente.
Benze o pão de cada dia,
Benze a lida e o repouso.
Benze- nos com Santa morte, para que o céu herdemos."
Zuza foi abençoado nesta vida, pela companheira de todas as horas e minutos.
Como mamãe dizia: Ana é a tampa da panela do Zuza.
Você Ana, foi abençoada pelos filhos , Suzana Baruki Correa,  Cláudio Baruki e TouficBaruki.Maravilhosos, ao meu ver super heróis que não mediram esforços para ba
talharem juntos com você o tempo todo.
Teus netos e irmã Rita Silva que te amam.
Querida e amada por toda a família,  desejamos que Deus continue a te abençoar eternamente e que seja recebida com toda a Glória nos reinos dos Céus.
Aqui ficamos com o vazio da sua presença  e de muitos outros entes queridos que agora são  seus companheiros no mundo Espiritual.
Obrigado Senhor por ter convivido
com a Ana .
Muitos bjs.
Jane

sábado, 10 de dezembro de 2016

Natal-2016


As Mãos

Será que paramos algumas vezes para pensarmos sobre o nosso corpo?
Por exemplo: as nossas mãos.
Desde muito cedo escuto os estudiosos falarem que as nossas mãos são: a imagem do homem do futuro .
Pensando bem, nelas estão contidas todos os pontos correspondentes de todos os órgãos do nosso corpo.
Em nossos membros, pernas e braços estão contidos o poder da nossa vontade.
Nos membros inferiores estão registrados a vontade do passado.
Os membros superiores registram a vontade do presente.
Esta vontade estimulada pelas atividades manuais, fortificam  a nossa vontade do futuro.
Aí se encontra a magia energética da criação.
Conforme a utilização desta força energética contida em nossas mãos, criamos um futuro saudável e positivo para nós mesmos e outros, pois cada ação que realizamos com as nossas mãos estimulamos e trocamos energia com todos os nossos órgãos internos, com o próximo e com o Cosmo.

Assim Deus criou o Homem, através da sua vontade e mãos.

Pegou um pouco de amalgama e disse:
“Faça-se o Homem a minha Imagem e Semelhança”.
Neste Natal, desejo que todos vocês caros leitores, parem e observem as próprias mãos.
Pensem o quanto as utilizam e como as utilizam. O  quanto de Bom, Belo e Verdadeiro elas criaram e criam, transmitiram e transmitem,  receberam e recebem.
Que a cada ano aprendam a renovar e manter esta energia que fluem através das mãos , ressoando assim da terra ao Cosmo a Imagem Original da Criação: A LUZ
Um Feliz e Abençoado Natal à todos
Jane


sábado, 3 de dezembro de 2016

Felicidade


Felicidade

Ontem escutei  o vídeo do historiador Leandro Karnal , uma palestra sobre felicidade.

Sobre esta onda que percorre pelos meios virtuais que devemos ser sempre felizes.

Concordo com o palestrante, que é natural estarmos tristes pela doença ou perda de um ente querido, pela perda de um emprego, um desentendimento ou uma catástrofe social .Que devemos aproveitar estas situações para pensarmos sobre o fato em todos os níveis: físico, anímico e espiritual, afim de restituirmos o estado de ser feliz.

Os ciclos da vida sempre teve um início, um meio e um fim,  assim como o dia que amanhece e anoitece, as estações do ano que se iniciam e se findam.   Melhor : se transformam em outros dias, outras estações.

As civilizações perfazem o mesmo trajeto.

O que não podemos ficar é estagnados ou numa felicidade constante ou numa dor constante, que ambos sentimentos nos levariam a uma vida artificial.

Quando entro num estado de tristeza muitas vezes sem motivo aparente devo ao invés de cultivar este sentimento negativo, colocar as minhas ideias,  em ordem. Verificar a razão do sentimento, perguntar a mim mesma qual o meu propósito de vida, meu objetivo e minhas atitudes para a realização deste objetivo e de mim mesma.

Focar o fator essencial da minha existência embasando cada vez mais a minha realidade.

Caso contrário estaremos vivendo um egoísmo de emoções que se encerram na nossa própria alma, o que nos deixa cegos para a realidade exterior.

Metamorfose constante

                                   Jane

Tudo passa ...

A maior civilização,a melhor filosofia,

O homem mais brilhante,

A situação emocionante,

A dor mais punjante.

Tudo passa, mas....

O que fica?



Que força é essa que passa de geração a geração?

De civilização a civilização?

Do oriente ao ocidente?

Que impulsiona o homem a lutar?

Amar, batalhar e edificar?



Esta é a força Micaélica, do forte, aquentante, bem querer.

Do novo vir a ser, do Homem do Futuro.

Aquele que tem consciência de si mesmo,

não teme que um dia surgirá em uma nova forma.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Recebi este video,  gostei e compartilhei.
Observo que é chegada a hora da virada.
Muitos estudiosos, professores e filósofos, estão trabalhando os conceitos das palavras., com  este trabalho levam as pessoas a questionar o seu próprio senso crítico.
Tive um professor na faculdade em 1970 que constantemente falava sobre a importância do estudo da terminologia.
É chegada a hora da conscientização e transformação do homem e do mundo e esta só pode se concretizar a partir do do nosso próprio  entendimento interior, das nossas emoções, tornando- nos um CIDADÃO: cidade- adao, responsável e transformador de nós mesmos e do ambiente em  que vivemos.
Que 2017 penetre em nossas vidas com toda a sua luz, força e energia e nos impulsione para os nossos ideais com clareza e amor.
Abraços
Jane

domingo, 13 de novembro de 2016

Mediocridade


Mediocridade

Assisti o vídeo sobre mediocridade do Prof. Mario Sergio Cortella.  Show de palestra, clara, com exemplos vividos onde ele diz:

”Tem pessoas que dão o melhor de si com as condições que possuem”.

Esta palestra veio a confirmar o que penso a respeito.

Aqueles que fazem o melhor com as condições que possuem, evoluem no aprendizado do dia a dia. São pessoas que com poucos recursos produzem coisas lindas.

Os que não sabem aproveitar os recursos que possuem, estão sempre com a necessidade de comprar, comprar e comprar e deixam de lado o que adquiriram, pois quando conseguem obter o desejado, já estão pensando em adquirir os desejos novos, não dando valor ao que possuem, pois cuidar, conservar exige trabalho, sacrifício (sacro-ofício), capricho.

O capricho consigo mesmo, com o nosso lar, com o ambiente de trabalho, demonstra o nível de harmonia em que nos encontramos.


Vaidade

                   Jane



Demonstrar e sustentar o que não se é,

custa muito caro, paga-se pelo preço.

Vive-se na representação, com medo da repressão.

O receio do manifestar-se impede a espontaneidade.



Crescer em maturidade,

tornar em hábitos os asseios corporais,

cuidar da aparência física, traduzindo em graciosidade

a beleza interior,é o real papel da vaidade.


terça-feira, 8 de novembro de 2016

Recordação-Festival da América do Sul- 2011




Hoje percebi que não havia postado a minha fala na integra do dia do lançamento do meu livro:"O Segredo da Aprendizagem"  em Corumbá .Experiência inesquecível onde senti o calor e vibração de amor de
 todos que ali se encontravam.
Obrigado Secretaria de Cultura de MS e Corumbá pela recepção calorosa.



Festival da América do Sul – Quebra Torto

Começarei hoje lendo uma poesia na qual falo sobre a importância da Educação, razão  de minha tese de vida e do meu livro “O Segredo da Aprendizagem”

 Ontem e hoje

                      Jane

Tempos que se vão,

onde o bigode valia

a assinatura do cidadão.

Nobreza vinha da família,

hoje brota no coração.

Moral e ética eram fatores sociais,

atualmente... frutos individuais.

Ontem despontavam os crescimentos materiais,

agora  afloram as expansões  espirituais.

Por onde começar

para atingirmos tal evolução?

Com certeza só há um caminho,

o da Educação.



Como vocês sabem, sou corumbaense. Sai daqui  há 40 anos, mas sempre retorno a  minha cidade amada.

Sai por motivos pessoais, e pela aspiração de aprender muito mais em outras terras.

Trabalhei como psicóloga em clínicas, indústrias e por decisão própria optei em voltar para sala de aula, pois, conclui que produziria muito mais trabalhando com crianças sendo também que teria tempo para educar os meus filhos e dar a eles a atenção e cuidados importantes, pois para mim, o lar é o porto onde podemos ancorar o barco e nos sentir seguros.

Chocada fiquei ao me deparar com a carência humana nos ambientes de periferia em São Paulo, carência esta que até então não conhecia, pois trabalhei em escolas públicas em

Corumbá, onde as pessoas eram simples, mais tinham o básico no seu conviver social. Nem na época que trabalhei no  Bairro Cristo Redentor no final dos anos 60 quando não havia quase nada lá, encontrei tanta carência .

Então pensei, por onde começar? O que fazer?

Comecei a pensar em tudo que havia recebido aqui, dos meus pais, professores, alunos e amigos. Havia recebido sim um conteúdo religioso, um  conteúdo científico, artístico e muitos exemplos de moral e  ética.

Sempre que buscava aprender algo lá em São Paulo, esse conteúdo me trazia de volta para o embasamento teórico e prático vivido aqui no passado.

Comecei elaborar conceitos pensamentais sobre tudo que havia  aprendido e vivido e verifiquei que  a religião e a ciência  são  necessárias para o ser humano,  mas na época atual  esses conhecimentos isolados não bastam.

Já naquela época, as pessoas me questionavam do porque que eu ás vezes não ia à missa, e eu estava começando a estudar antroposofia então dizia: precisamos Santificar a ciência e cientificar a religião.

Foi quando descobri que a união de ambos  os extremos é possível, e que somente pode ser feita, através da Arte.

Assim, comecei a praticar com os meus alunos, com consciência, muitas atividades artísticas. Isso não que dizer que já não o fazia aqui, sim, pois fui professora de educação física no Jarbas Passarinho, e desenvolvi muitas atividades artísticas lá, mas não tinha a consciência que tenho hoje.

Por isso vim aqui, para conversar com vocês sobre a importância desse encontro

Artístico, da América Latina que acontece  aqui há vários anos .

 Antes de ter o 1º encontro, um amigo em S.P. falou-me que  Corumbá iria se tornar um importante pólo cultural da América Latina. Na época eu discuti com ele, dizendo que  já havia sido.Pois nos anos 40, 50 60 e 70, esta cidade fervilhava em cultura.Tanto que a maioria das minhas amigas e pessoas que eu conheci, ao sair daqui, brilharam por  todas as  partes  do Brasil e mundo, não deixando nada a desejar para com as outras pessoas. Um exemplo vivo é o nosso poeta Manoel de Barros.

Sintetizo esse pensamento nesta minha poesia:

Evolução

                            Jane

Com a prática religiosa,

cultivamos a cienteza moral.

Através do conhecimento científico,

edificamos a inteligência estrutural.

Na arte, encontramos a consciência

e linguagem universal.



Assim desenvolve o homem,

sentindo, per vendo e afeiçoando

o bom, em si e no próximo,

 o verdadeiro, em seu pensar individual,

o belo, em todo o seu ser social.

                                      

Apesar do meu livro falar sobre aprendizagem, ele é um convite para o professor,  pai , terapeuta, pedagogo, trazer para a vida da criança e do adolescente, a Arte, mas, o  cultivo da arte com consciência do que  se está produzindo e aprendendo, pois somente ela poderá preencher o vazio que o homem vive hoje prevenindo problemas físicos e emocionais  e sanar a humanidade da violência .

Sei que Corumbá já é modelo em diversas atividades de educação, respeito e preservação da natureza. Já acompanhei esse fato em diversas reportagens na TV.

Então pergunto a mim mesma:

Por que não ser modelo e referência dessa tomada de consciência  em M.S., América Latina e Mundo?

Parece algo extenso, impossível, mas  nós somos uma esfera que se estende até onde vai a nossa consciência.

E por onde começar?

Pelo dia de hoje, desenvolvendo  no dia a dia a sensibilidade e percepção de nós mesmos e dos que nos rodeiam.

Quando estudei  há 50 anos atrás, no plano de ensino o primeiro passo era desenvolver a motivação do aluno. Hoje, os alunos já estão super estimulados  pelos meios de comunicação, por isso, primeiramente precisamos acalmá-los ,pois se a alma não estiver tranqüila, não se fixa nada .Por isso no meu livro dou sugestões  de exercícios para o início, meio e fim de período.

No capítulo embasamento teórico falo das fases do desenvolvimento humano e os caracteres principais a serem desenvolvidos em cada fase. Por ex:

Do 0 aos 7 anos - desenv.físico, através da imitação( realizado, com muita alegria e prazer).

7 a 14 anos – Etérico -sistema  calórico estimulado   através do seguimento e autoridade (cultivando o sentimento de veneração e reverência como também a  memória).

14 aos 21 anos- Astral- desenvolver o senso de beleza, arte e ética – através da música, teatro, poesias. Tenho escrito várias poesias que estão no meu blog que podem ser aproveitadas para um trabalho de classe nessa etapa (Por ex: a poesia Preconceito -recebeu menção honrosa no concurso de Antologia Poética Nacional).

21 aos 28 anos- desenvolvimento do EU- Pensar – trabalho com as palavras, para a compreensão interna da fala.

No capítulo “A forma viva da Fala”, descrevo a importância que a mesma possui  no relacionamento  humano :  pai x filho, aluno x professor, amigo x amiga, patrão x empregado etc..

Falo também sobre alfabetização, através da Eurítmia. São movimentos rítmicos da fala.

Sobre a forma orgânica da multiplicação, exercícios de relaxamento  e produção de texto, e um pouco do que acho importante ao trabalharmos história, geografia e ciências.

Descrevo tudo de uma forma simples e completa para o professor, pai ou terapeuta questionar e aplicar no seu dia a dia.

Fico a disposição para qualquer leitor dialogar e esclarecer comigo através do email  que consta no livro.

Poderíamos rapidamente realizar juntos um exercício, mas o tempo é curto e,...Para finalizar lerei a poesia  da minha autoria:




O Flamboyant  da minha cidade

                                                 Jane                                        

Eram muitos espalhados pelas ruas da cidade,

assim como muitas famílias e amigas.

Hoje reina quase sozinho a beira do rio,

com suas flores a enfeitar verdes colinas.



Assim como o tarumã, sapoti e o jatobá,

Quase todos saíram de lá.

Como o próprio nome condiz: coração-distante,

parece ser o destino de Cor-umbá.



Cidade que deixou marcas,

desde a época das monções.

O calor como um raio de saudade,

dentro de milhões de corações.



Só você flamboyant permanece viçoso, imponente a contemplar,

o por do sol deste céu brilhante de mil cores a matizar.

 E em nossa alma preso na saudade,

desperta o encanto juvenil de um feliz viver.



Blog:

http://janocca.blogspot.com

Dia do aposentado

Parabéns! aposentados,que lutaram e deram de si ao país e hoje vivem com dignidade com a aposentadoria, apesar de pequena.      Vejo ¨na TV os que se gabavam no poder, com a melhor roupa, esbanjando e roubando o dinheiro do povo, das crianças, dos velhos e doentes e quando a máscara caiu se tornaram lixo humano. A Alma destes, fede tanto que exala por todo o seu ser.Desde a forma de caminhar, até o seu olhar.
Me pergunto: Valeu a pena  ?
Fora toda a desgraça que estão vivendo em família e que repercutirá até a 4a  geração.
Dignidade
                     Jane
Vivemos numa sociedade,
posição, status ainda tem muito valor.
O que enobrece o homem,
não é a sua titulação ou função.

O que dignifica a vida
é  a forma como ela é vivida.
Cada qual em seu labor,
desempenhando,  com  devoção e amor.

É chegada a hora de superarmos as dificuldades,
 -submissão, depressão, agressividade...
Sublimarmos em dignidade,
elevando-nos à liberdade e a felicidade.

A vida é muito rápida,
comparada com a eternidade.
Como se fosse um mergulho,
dentro da efemeridade.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Ser criança
     Jane
É conservar a alma pura,
Sem nenhuma maldade
Para toda a humanidade, 
Apesar da idade.

Na fase adulta, 
Voltar a sorrir e viver,
Com toda  intensidade e sensibilidade, 
De livre e espontânea vontade, 
Abrangendo a divindade, 

Do próprio ser,
Do outro ser,
Da natureza e cosmos,
Enfim, para toda a eternidade. 
Feliz dia das crianças. 
ABRAÇOS

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Ana Carolina e NiKolai


Ana Carolina e Nikolai



Ana Carolina era uma linda  jovem, esbelta, clara, reservada, que residia na cidade de Alicante (Espanha).

Seu pai era comandante do exercito Real da região dos Aragons. Devido a interesses políticos de unificação da Espanha (Norte e Sul), Ana Carolina estava comprometida com o príncipe Felipe de Castela, da região de Segóvia.

A residência dos seus pais era sempre palco de reuniões de ilustres compositores, poetas e músicos, que vinham de toda a Europa com a finalidade de fazer acordos políticos com a Espanha. A residência era a  beira do mar, com uma escadaria enorme onde continha um salão ornamentado com lindas janelas e vitrais, decoradas com cortinas douradas com detalhes azuis, um piano de calda  onde os compositores e artistas se revezavam  nos saraus  para comemorarem os tratados políticos  registrados.

Naquela época, Alicante  era composta de vários casarões com quintais enormes, estábulos e a  praia servia  só para os passeios românticos, pois os homens respeitavam o mar sem se aventurarem a nadar.

Num destes encontros de compositores, poetas e músicos, Ana Carolina se esmerou na sua vestimenta, colocando um vestido dourado com decote avançado e rendas entremeando a vestimenta. Ao descer a escada da sala os seus olhos se cruzaram com os olhos de Nikolai, um compositor Russo, que viajava sempre acompanhado com o seu amigo também compositor: Piotr.

Foi amor à primeira vista. Todo o encantamento e a magia entre os dois, crescia dia a dia. Na praia passeavam conversando, nas viagens para Granada, Sevilha etc... onde os dois compositores se apresentavam, Ana Carolina estava sempre presente, já que era o seu pai o comandante que recepcionava e provia tudo o que os visitantes necessitavam.

Até o momento em que este amor foi descoberto, viveram os dois: Ana Carolina e Nikolai horas e horas de paixão sem fim.

Devido ao compromisso com os de Castela, a Ana Carolina para ficar resguardada, foi exilada no Castelo de Denia : Palácio do Governador, sob a custódia do próprio governador.

Mas o amor dos dois era tão intenso, que continuaram a se encontrar fora do castelo as escondidas durante a noite.

Nikolai, quando vinha da Rússia, passava com o seu amigo em Praga, depois iam para a Alemanha, Itália até chegarem à  Espanha. Numa dessas viagens à Praga, Estava executando uma composição revolucionária, dentro da Igreja do Menino de Praga, quando foi surpreendido por policiais. Saiu correndo em disparada, atravessou a Ponte Karluv em direção à residência de um amigo em que estava hospedado, escondeu a partitura de sua obra no sóton da mesma.

Bem, mais uma vez os encontros de Ana Carolina com Nikolai foram descobertos. Forjaram uma cilada para o NiKolai,  atingindo-o com um tiro  o seu joelho esquerdo. Marcado de morte, ele regressou para a Rússia e desiludido da vida, se exilou vindo a falecer já bem idoso.

Por sua vez, Ana Carolina deixou a parte central do Palácio e foi aprisionada numa das suas torres, com o mínimo possível: uma cama e uma mesa pequena onde fazia as suas refeições. Vivia vigiada pelas freiras e padres, pois dentro deste Castelo havia o seminário dos Padres e o convento das Freiras. Todas as tardes, Ana Carolina ia até os jardins do Castelo, sentava num banco de mármore que se defrontava para o mar e ficava com o seu olhar perdido no horizonte a espera do Seu Amado que nunca mais regressou.

Não durou muito para que este estado  a debilitasse fisicamente, levando-a ao óbito.

Nem todas as histórias tem um final feliz.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Antífanes e Papandreos




            Antífanes e Papandreos



Numa casinha pequena, nos arredores da cidade medieval da Ilha de Rodes (Grécia) vivia a jovem Antífanes com sua mãe idosa e doente, quando a ilha foi invadida pelos romanos.

Naquela época, quando havia uma invasão, os nobres, se abrigavam na Acrópole , para a  plebe este direito era negado, então  saiam com barquinhos procurando abrigo em ilhas  próximas.

Antífanes, não quis deixar a sua mãe para trás, mas quando os soldados chegaram matando todos destruindo tudo o que viam pela frente, não teve escolha, saiu desesperada em direção à cidade medieval procurando abrigo.

Uma senhora bonita, (prostituta, estas eram respeitadas e à elas nada aconteciam), vendo a agonia da jovem, abriu a sua porta e a escondeu sob um móvel de mármore(na época, quase todos os móveis eram de mármore).

Um soldado viu onde a Antífanes foi escondida. Nesta hora ela vendo as sandálias e a lança do romano pensou:- vou morrer.

O soldado  a sequestrou, colocando- a  numa cela por 3 dias.

No 3º dia a cidade já havia sido tomada pelos romanos, os nobres já haviam feito os seus acordos, a jovem então, junto com os outros prisioneiros foram levados para a praça, para serem vendidos como escravos.

Apareceu então o Comandante Papandreos que, apesar de Grego se tornou parte do exercito de Adrianos (romano), que de imediato se apaixonou pela jovem Antífanes  resgatando-a como esposa.

Foram para Atenas, tiveram dois filhos, onde viveram por muitos anos no bairro de Placa.

A vida da Antífanes mudou radicalmente. Vivia cercada pelas damas de honra  sendo tratada, banhada e se preparando para a chegada do seu comandante que de tempos em tempos voltava das guerras.

Nesta época as cidades eram divididas como o corpo humano. No centro ficava a cabeça com os dirigentes da cidade e nos arredores os serventes e agricultores. As moradias só tinham salas e quartos, a cozinha era centralizada assim como o lugar de higiene pessoal.

 Papandreos, após chegar das viagens, quando entrava no átrio (rol) da casa apeava do  Croniate (cavalo),  Antífanes   vinha ao seu encontro, ele lhe entregava a espada e o capacete, enquanto tirava os demais paramentos ajudado pelos servos da casa, esquecendo que era pesado demais para ela. Se divertiam muito rindo com isto,  abraçando-a caminhavam para dentro da casa enquanto os servos recolhiam a  espada, o capacete e a armadura.

Durante 3 dias ficavam fechados dentro de casa, não  indo participar da grande festa da vitória.

Anfífanes primava com suas longas túnicas douradas com desenhos azuis escuro

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Época Mickael- 2016


Época Mickael- 2016

Algumas pessoas já me falaram que sou saudosista, porque gosto de escrever sobre acontecimentos do passado, mas o meu objetivo é outro: Estimular a Memória.

O homem ainda não possui a memória como órgão  desenvolvido fisicamente.

A missão do homem no século XX era exatamente esta : o de  registrar físico a dentro no seu cérebro  o órgão da memoria, num processo conjunto (etéricamente, animicamente e espiritualmente) unificando em sua consciência a unidade: Tempo- passado, presente e futuro.

Através do exercício da memória desenvolver em si a Auto Consciência.

Daí, a importância de relatarmos fatos e de proporcionarmos às nossas crianças experiências marcantes hoje, e, que se transformarão em lembranças de grande valia para o desenvolvimento físico, anímico, espiritual da: memória.

Então é isso aí caros amigos. Justamente na Época Mickaélica, proporcionando a Lucidez(Luz Espiritual)contínua em nossas consciências, estaremos recebendo, admirando e fortificando em nós, a Radiante Veste de Mickael, à qual somos todos predestinados.

Abraços,

Jane

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Parabéns! Corumbá


Corumbá

           Jane

Terra Branca,

estrela que fulgura,

até os dias atuais.

Quem aí viveu não a esquece jamais.



Tudo o que sou,

produto do que se plantou,

nesta cidade bonita,

por todos sempre querida.



Benditos os que aí nascem

e podem ainda usufluir,

dos princípios que permanecem,

edificando a base do por vir.



Parabéns ! Corumbá destes meus sonhos, desde os meios primeiros dias.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Setembro amarelo

Setembro amarelo.
Uma cidade do interior de S. Paulo possui o indice mais alto de suicídio do Brasil.
Percebi que nesta mesma cidade as praças e jardins não possuem parque com balanço para as crianças. Sugeri aos coordenadores que requeressem o quanto antes ao prefeito a instalação de brinquedos nas praças etc , pois uma infância feliz diminuiria este índice. O importante é cultivar a alegria dos 0 aos 7 anos, para não necessitar socorrer na adolescência e fase adulta.

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Agradecimento

Agradeço a todos especialmente à Izabelle Valadares pela oportunidade de estar mais uma vez participando da Bienal do Livro de São Paulo.

domingo, 21 de agosto de 2016

Participação na Bienal

Participação na Bienal de São Paulo
Fui convidada e estarei participando do Livro:Celebra São Paulo" da editora Literarte que será lançado no dia 31de agosto às 20:00 na Bienal do Livro de São Paulo.
Aproveito para agradecer o honroso convite.
Jane

Através da poesia demonstro a minha  gratidão por São Paulo e principmente ao meu bairro onde cultivamos a amizade, respeito, dignidade e amor


sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Pai - 2016


Pai - 2016

Imagem insubstituível.

Modelo para o filho imitar e se refletir através da sua fala, sentir e agir.

Atualmente ambos os lados Pai X Filho perdem muito  devido a agitação e correria do dia a dia.

Os pais chegam esgotados em casa e não tem  mais ânimo e paciência para a troca de energia e atenção  necessárias para o crescimento anímico e físico do filho.Por outro lado o pai perde a oportunidade de renovação da sua própria energia.

Isto é uma pena,pois vida é troca de energia e amor.

O nosso corpo físico é uma teia de luz e a nossa alma um corpo de amor.

Não havendo esta troca familiar todos os dias, num ritmo constante, os pais adoecem e os filhos vão morrendo aos poucos antes mesmo  de florescer.

O ciclo da vida está quebrado.O ritmo que existia naturalmente até o séc.XX, foi rompido.

Ouço pais falarem que não planejam o futuro.

As consciências se restringiram ao tempo restrito:”o presente”.

Mas o que é o presente senão o resultado do passado e a base do futuro?

Como podemos resolver este problema gravíssimo da sociedade?

Uma criança não necessita da atenção do pai 24 horas por dia.Basta que ele se dedique 30 minutos por dia, mas que esta dedicação  seja de corpo e alma e contínua.

Aproveite estes minutos para conversar e muito com o seu filho, não importando a idade.Observe e escute o que ele pensa, aproveitando da conversa para esclarecer as dúvidas do filho e passar todos os princípios que você acha necessários.

Na hora do adormecer, cante uma melodia ou conte uma história.Em uma semana perceberá que o ciclo foi instituído de si a fora , a criança ficará mais calma e terá um sono tranquilo.

Queridos pais: para a sua felicidade e a do seu filho; não permita que o tempo e a distância transforme tanto um como o outro em seres totalmente diferentes e estranhos, não se refletindo mais um no outro.

Afinal: “Somos  a Imagem    e semelhança do Nosso Pai- Deus”.
Feliz dia dos Pais
Jane

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Viagem à Bolivia


Continuando com as nossas viagens de Trem.

Meado de janeiro de 1971, embarcamos num ferro bus de Corumbá até Santa Cruz de La Sierra (Bolívia). Isto mesmo, Ferro bus.Um Ônibus que andava em cima dos trilhos.

Éramos 19 estudantes de Psicologia, coordenados pelo até então Prof.Israel.

Fomos pesquisar através de testes psicológicos a influência étnica dos ermanos  Bolivianos sobre as tendências e aptidões artísticas das crianças da nossa querida Corumbá fronteira com a Bolívia.

Em Santa Cruz, ficamos no Hotel Poça Del Pato. Muito bom, com piscina e tudo. Aproveitamos para dar um mergulho, pois o clima estava quente como na nossa cidade.Muito interessante esta cidade, havia uma parte moderna, onde se localizava  o hotel, com avenidas largas, com lajotas  e canteiros no centro, muito parecida com a nossa cidade.Mas a parte mais antiga parecia que estávamos num filme de faroeste, as casas todas com varandas  e estilo antigo.

Aplicamos os testes nos alunos da faculdade e não tivemos problemas nenhum.

Chegando  a  Cochabamba, a cidade nos surpreendeu, toda estilo européia, com influência holandesa. Ficamos num hotel não tão bom como o anterior. Já bastante frio poucos apartamentos tinham chuveiro elétrico. Ao aplicar o teste nos alunos universitários quase todos reclamavam que na escolha das palavras faltavam as palavras: guerrilha e revolução, o que demonstrou o estado de espírito da época, pois  o país estava saindo de uma revolução.Nosso colega que era padre, foi preso, pois suspeitaram dele.O nosso professor teve que ir  até a delegacia para explicar o motivo da nossa excursão para liberá-lo.Fomos até Oruro de ônibus, as paradas eram difíceis, pois naquela época os sanitários eram escassos nos pontos de paradas , tanto que uma colega procurou um cantinho  e se assustou, pois saiu de lá uma pessoa  blasfemando. Assistimos aí a Diablada, dança típica do carnaval na Bolívia.

Ao viajar de Oruro até La Paz, regressamos ao século dezoito. Os índios viajavam no teto  dos vagões sentados, fumando cachimbos e vendiam uma espécie de cozido num tubo feito de jornal.

Todo o trem era cheio de flores de perfume muito forte, pois viajavam  em peregrinação para o Lago de Titicaca festejar o dia da Nossa Senhora de Copacabana.Descendo a serra, lá embaixo no meio das montanhas encontrava-se  La Paz, como se fosse um presépio toda iluminada.

Fomos para um hotel, o único que encontramos no meio da noite fria, pois fazia 0 graus, tão fuleiro que todo mundo dormiu com a roupa do corpo. No dia seguinte o nosso amigo que na época era padre conseguiu hospedagem num pensionato de freiras e fomos todos para o colégio onde fomos muito bem recebidos.O administrador do hotel ficou cismado que havíamos roubado um lençol.

Do colégio podíamos admirar os Andes, com toda a sua beleza com a neve perpétua. Em La Paz,ao aplicarmos os testes,  os estudantes também reclamaram  da ausência das palavras: guerrilha e revolução.

Terminada a nossa missão pegamos um ônibus para Nossa Senhora de Copacabana. A serra que viajávamos era tão estreita que a sensação que tínhamos era que íamos despencar a qualquer momento, o motorista estava tão acostumado que ia numa boa, conversando.

Quando os ônibus se encontravam na estrada, um tinha que parar junto a montanha para poder dar passagem para o outro de tão estreita a estrada e ainda por cima de terra  sem proteção nenhuma, cujo precipício não se via o fundo.

Esta serra é denominada Sibéria, pois vive nublada o tempo todo.Não havia parada para nada, horas e horas de viagem.

Copacabana, lugar mágico, encantador, com uma história incrível. Ruínas dos Incas e na colina denominada “O Calvário” um santuário ao ar livre, contendo as estações da crucificação de Cristo, e no topo um altar onde os Índios faziam as oferendas com incensos.

A pesquisa foi  tabulada e os gráficos confirmaram a  contribuição cultural e artística do povo Boliviano sobre as aptidões das crianças corumbaenses, esta observamos até o dia de hoje, pois Corumbá é a Capital Cultural  e artística


do Pantanal.


 

 

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

10º Torneio Wadhi Baruki

Mais uma vez aconteceu em Corumbá a Reunião de família e o décimo torneio de Taule.
 Família, instituição sagrada, onde todas as gerações participam com entusiasmo  e alegria.
Infelizmente este ano não pude participar, mas acompanhei intensamente e vibrando com todo o carinho que é mantido e a cada ano cresce mais e mais.
Terezinha, Regina e  Lisane as organiozadoras e realizadoras deste evento maravilhoso que acontece todos os anos, estão de parabéns.A festa foi maravilhosa.
Os Vencedores este Ano, agradaram todos os troncos.
1º Lugar:   - Murilo, filho do Sergio, neto do Wilson e Bisneto do Amin Baruki.
2º Lugar:   - Regina, esposa do Márcio, filho do Toufic Baruki
3º Lugar:  - Terezinha, filha do Wadhi Baruki.
No cultivo das nossas tradições e nas homenagens aos nossos ancestrais, vamos passando aos descendentes os princípios que sustentam, valorizam  e mantem a união familiar.





Viagens de Trem do Pantanal


Viagens no Trem do Pantanal

Como eram mágicas as nossas viagens de trem.

Desde que me conheço por gente, viajávamos no Trem do Pantanal, NOB- Noroeste do Brrasil.

No início  de Corumbá até São Paulo eram 3 dias de viagem,com a Locomotiva movida a vapor,não podíamos colocar o rosto para fora da janela , senão a fuligem entravam nos nossos olhos .

Depois veio a Locomotiva a óleo, grande progresso. A viagem encurtou para 36 horas, vìajávamos de cabine, com direito a cama, banheiro e chuveiro.

Dia e noite dançávamos ao som e balanço do trem. Ao acordarmos íamos ao vagão do restaurante tomar o café da manhã, no almoço também saboreávamos o arroz, feijão o bife à cavalo, era um banquete. Todo mundo alegre, conversando, dizendo seu destino. O trem vinha até Bauru, lá baldeávamos para pegar outro até São Paulo.
Sabíamos de cor todo o trajeto, 12 horas   de   Corumbá  até Campo Grande, mais 12 horas de Campo 







 Grande à Três Lagoas e mais 12 horas até Bauru.

Não tínhamos pressa, ficávamos atentas admirando tudo e todos.A cada estação no pantanal, as pessoas vendendo peixe frito, chipa, bocaiuva, bolo de arroz, sopa paraguaia, manguita. Depois de Três Lagoas até Bauru, era o observar das pessoas que entravam e saíam do trem, pois já havia muitas cidades e sabíamos de cor o  nome e o tempo que levava de uma cidade até a outra, ficávamos falando junto com o locutor que anunciava as cidades: Andradina, Lavínia,Valparaiso, Guararapes, Araçatuba,Penápolis, Promissão, Cafelândia, Lins por fim, Bauru.

Este conviver alegre e sadio, consegui proporcionar para os meus filhos. Inclusive quando chegávamos já perto de Corumbá, atravessávamos uma ponte de ferro extensa construída pelos Ingleses que atravessa sobre o Rio Paraguai, este mesmo trajeto de Porto Esperança até Corumbá, era realizado até os meados de 1940 de navio .

Não havia congestionamento, trânsito, tudo era tranquilo.

Sei que muito ficou na memória  de todos que vivenciaram esta experiência, como outras tantas viagens de trem  como por ex: Aquela que o nosso grupo da Faculdade realizou para a Bolívia, até La Paz.Esta nossa viagem foi histórica, quem sabe relato outro dia.

Gostaria imensamente poder proporcionar aos meus netos, viagens de trem, pois o Dmy manifesta uma alegria imensa quando vê um trem.

Sinto que estas inúmeras viagens desde criança desenvolveu em mim o espírito de liberdade e

 a vontade de conhecer cada vez mais e mais.

Enquanto estiver em minha memória, um trem que atravessa o pantanal, as estrelas serão o meu sinal.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Dia do Amigo

Quero compartilhar de novo estas poesias, pois me fazem recordar de todos os amigo que tive desde a infância até a terceira idade.
A segunda poesia pois é Corumbá total, só de ler, sinto o entusiasmo da época.
Desejo a todos os meus amigos que nuncam percam o entusiasmo pela vida.
Abraços
  Amigas 

                            Jane

Esta eu fiz para vocês,

que acompanham desde cedo,

nossa luta, nosso labouro,

com recuos e progressos.

 

Ciúmes, inveja e vaidade,

de tudo, sempre teve um pouco.

Mas com a maturidade,

superamos o que nos logrou.

 

Através da amizade, exercitamos o amor das divindades.

Enriquecendo a nossa memória,

com experiências incontestáveis.

Movimentando a nossa Alma, com imagens e cores incomparáveis.

 

Os nossos caminhos cruzaram,

nesta vida e na vindoura.

Pois conseguimos conviver e manter,

uma amizade duradoura.
 
  Anos Dourados
                                                Jane
Porque nós em plena juventude,
transbordávamos em entusiasmo,
ideais que luziam em tons dourados,
contagiando a tudo e a todos.
 
Quem não se lembra do La barranca lotado,
tomávamos sorvete e flertávamos.
Sob as palmeiras da avenida andávamos,
admirando a lua, conversávamos.
 
Após a missa das dezessete no Santuário,
íamos ao   Tupi , Santa Cruz ou Anache,
deliciando-nos com a película   do domingário,
comédia, faroeste ou romance Candelábrio.
 
Sábado era dia de baile,
para o Riachuelo enfeitávamos.
Domingo sempre mais cedo,
ao Corumbaense freqüentávamos.
 
Tudo fazíamos, sempre tranqüilas,
Pois tempo para tudo tínhamos.
Estudar, trabalhar, passear
e intensamente, amar...
 
Hoje ao falar dessas memórias,
digo aos amigos:- Os tempos mudaram,
mas, continuamos as mesmas,
dedicando amor ao esposo, filhos, netos e amigos,
a todos que se foram e aos que ainda estão por vir.