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sábado, 3 de abril de 2021

AH! Pipoca

AH!  Pipoca

Ah! Hoje me deu vontade de comer pipoca.

Comer pipoca, até me fartar, como fazia de criança.

Pipoca que comíamos quando íamos ao jardim passear com os meus pais e das reuniõesde domingo em casa, quando juntavam todos os irmãos, primos e amigos para jogar pingpong, baralho, gamão general etc...

Pipoca para satisfazer a fome do contato humano que a cada dia que passa está minguando cada vez mais.

Na adolescência, comíamos pipoca na saída do circo e baile. Sempre havia um pipoqueiro na porta do clube para saciar a nossa fome.

Pipoca do cinema também. Quando íamos ao Cine Santa Cruz, quem ficava no mezanino, jogava pipoca nos que estavam sentados na plateia.

Saudades também de quando íamos a casa da tia e a Terezinha preparava a deliciosa pipoca com todos os seus segredos.

Pipoca que comíamos com os filhos e netos ao leva-los ao circo, cinema e teatro.

Em todas as ocasiões,eram saboreadas com uma  alegria plena.

Quem não gosta de pipoca?

De ouvir o barulho dos milhos estourando na panela? E se expandindo em uma nova vestimenta?

O presente é o resultado do passado. Precisamos basear o futuro no presente, mas não podemos ficar presos ao passado, como os milhos que nunca se transformam em pipoca.

Os milhos encruados são horríveis, duros, mas a pipoca é deliciosa.

Ela com sua imagem e sabor, alimenta o nosso corpo e a nossa alma.

Bendita Transformação!

Boa ressurreição.

Jane Baruki Ferreira