AH!
Pipoca
Ah! Hoje me
deu vontade de comer pipoca.
Comer
pipoca, até me fartar, como fazia de criança.
Pipoca que
comíamos quando íamos ao jardim passear com os meus pais e das reuniõesde
domingo em casa, quando juntavam todos os irmãos, primos e amigos para jogar
pingpong, baralho, gamão general etc...
Pipoca para
satisfazer a fome do contato humano que a cada dia que passa está minguando
cada vez mais.
Na
adolescência, comíamos pipoca na saída do circo e baile. Sempre havia um
pipoqueiro na porta do clube para saciar a nossa fome.
Pipoca do
cinema também. Quando íamos ao Cine Santa Cruz, quem ficava no mezanino, jogava
pipoca nos que estavam sentados na plateia.
Saudades
também de quando íamos a casa da tia e a Terezinha preparava a deliciosa pipoca
com todos os seus segredos.
Pipoca que
comíamos com os filhos e netos ao leva-los ao circo, cinema e teatro.
Em todas as
ocasiões,eram saboreadas com uma alegria
plena.
Quem não
gosta de pipoca?
De ouvir o
barulho dos milhos estourando na panela? E se expandindo
em uma nova vestimenta?
O presente é
o resultado do passado. Precisamos basear o futuro no presente, mas não podemos
ficar presos ao passado, como os milhos que nunca se transformam em pipoca.
Os milhos
encruados são horríveis, duros, mas a pipoca é deliciosa.
Ela com sua
imagem e sabor, alimenta o nosso corpo e a nossa alma.
Bendita
Transformação!
Boa
ressurreição.
Jane Baruki
Ferreira