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quinta-feira, 5 de maio de 2016

Maio- 2016

Mãe- 2016
Hoje acordei com saudades de aconchego humano. Aquele aconchego que tínhamos nos anos 60,onde a cidade em que vivíamos era uma comunidade, como uma grande família.
Tínhamos por assim dizer: uma consciência grupal.
Assim como a ciência foi subdividindo a célula, o homem foi subdividindo os seus laços afetivos.
Nestes 50 anos, este processo foi muito doloroso para todos nós que nascemos no meado do século passado, que, vimos e vivenciamos toda esta transformação.
As pessoas foram se espalhando, se ocupando, restringindo cada vez mais o seu espaço, tempo e cada vez mais os seus contatos físicos.
A cidade era uma grande célula, depois foi subdividida em grandes famílias, depois se limitando ao núcleo do convívio familiar: pai,mãe, filhos e netos.
Cada vez mais a Ciência e o Homem se isolando até penetrarem no seu  DNA.
Penso ter sido necessária esta fragmentação, para chegarmos ao núcleo da célula e ao âmago da nossa consciência, esta cada vez mais intrínseca e individualizada,afim de defrontarmos  com os nossos próprios medos,credos e valores.
Afinal: Quem sou eu para mim mesma?
Neste dia das mães, quero chamar a atenção de todas as mães e mulheres para que não esqueçam que somos este DNA, não só somos, mas também somos as mantenedoras deste DNA.
Necessitamos manter firme o nosso DNA, através dos afagos, abraços e trocas afetivas com os nossos familiares.
Necessitamos tornar  estas manifestações e laços cada vez mais intensos e conscientes para podermos com a consciência lúcida e clara reconstituirmos e expandirmos este conviver  social, sendo um na comunidade  de todos.
Necessitamos preencher e revigorar a nossa alma e as dos demais que nos cercam,
assim como Maria, pura e imaculada .
Feliz dia das mães para todas vocês.
Abraços
Jane

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