Capítulo
II
1º-
Ano fora de casa- Estudos em Lorena.
Terminei
os estudos em minha Terra Natal vim para o interior de São Paulo completar a
Formação de Psicóloga.
Pela
1ª vez deixava o meu lar, onde toda a minha vida girava sobre a casa de meus
pais. Afastada estava de tudo que considerava sólido, resistente e seguro. Era
a hora de colocar em prova, os conteúdos de vida, recebido teoricamente.
Longe
do seio materno onde tudo emanava vida, chegado era o tempo de prover tudo de
mim a fora. Cortar o cordão umbidical dos meus ancestrais e tornar-me como
ponto de referencia.
Inicialmente
quando a insegurança batia, mal podia engolir a refeição e quando o fazia, ela
mal digeria.
Estava
sendo objeto da minha própria observação e avaliando o quanto os problemas
físicos são efeitos do estado emocional.
A
maioria das doenças quando se tornam físicas elas já passaram: primeiro por
disfunções espirituais, depois por disfunções anímicas, em terceiro passo por
disfunções etéricas e finalmente disfunções físicas.
O
que deveria se perguntar primeiro à um paciente quando este apresenta um disturbo
físico?
Quando
este processo começou? O que aconteceu de doloroso nesta época?
Se
for um pouco sensível, o Terapeuta perceberá o que o paciente está sentindo,
tanto a nível físico, etérico, anímico e espiritual e entenderá que,
provavelmente o fato doloroso ocorrido em tempos passados, desencadeou os sintomas do presente.
Aos
poucos e dolorosamente fui rompendo o cordão umbidical. Necessário se fazia,
pois já estava naquela época com 21 anos, a 3ª etapa septezimal, quando
normalmente ocorre no ser humano o nascimento do Eu.
Todo
o indivíduo ao nascer se desliga apenas fisicamente do corpo materno. O bebê
continua uno com a mãe nos demais plexos (corpos): etérico, anímico e
espiritual.
Daí
a importância de todo aconchego materno. Aos sete anos, com a perda dos dentes
de leite, a criança expurga tudo o que ainda restava de orgânico recebido dos
pais. Assim, ocorre o nascimento na criança do plexo (corpo) Etérico.
Aos
14 anos, na entrada da adoslecência, com o despertar das emoções, ocorre o
mesmo: nascimento do plexo (corpo) Anímico. Aos 21 anos com o despertar do Eu,
ocorre o nascimento do plexo (corpo) Espiritual.
Quando
este rompimento do cordão umbidical não ocorre, o indivíduo não consegue fazer
de si mesmo o seu ponto de referência. Isto é traçar seus próprios objetivos internos
e externos. Torna-se uma presa fácil da mídia, seduzido pelos falsos valores,
massificado. Dificilmente consegue se entender, fica eternamente insatisfeito,
consumindo o que lhe é oferecido e sendo consumido por si mesmo.
É essencial tomarmos consciência desta lei de
causa e efeito, respeitá-la para não sermos vítimas dos nossos próprios
desejos, sentimentos e ações.
Nesta
idade, quase não percebemos a força e efeito desta Lei, pois todas as ações que
praticamos têm seus efeitos imediatos.
Só depois dos 35 anos, caso não tenhamos pelo ao menos formado um
vislumbre da nossa própria identidade, é que começamos a sofrer as
consequências físicas e psíquicas dos códigos vivenciados e não decifrados do
período vivido dos 14 anos até os 21 anos. O mesmo ocorre quando chegamos aos
42 anos., nesta idade sobreveem cargas do inconsciente abafado no período dos 7
anos até os 14 anos, e, aos 49 anos surgem as reminiscências do período vivido
do 0 aos 7 anos.
Seguindo
esta cronologia, encontraremos explicações para muitas doenças tais como:
depressão, angustia, gastrite etc, que aparentemente aparecem do nada.
Dando
um exemplo prático da força atuante deste conteúdo vivido na infância, é o caso
de certos idosos se esquecerem facilmente da maioria dos acontecimentos atuais,
mas conseguem conservar na sua memória fatos antigos e relatá-los com todos os
detalhes.
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