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sábado, 15 de novembro de 2014

Theosophia

(Sintese da introdução do
 livro)

Theosophia

Rudolf Sterner
Quando Fichte, em 1813 expos a sua doutrina como fruto de uma vida toda consagrada ao serviço   da verdade, pronunciou ele logo no princípio:”Essa doutrina pressupõe um órgão de sentido interno inteiramente novo,por meio do qual vem a ser dado um novo mundo, que de nenhum modo existe    para o homem vulgar”.Essa doutrina é incompreensível para aqueles que queiram julgá-la através do auxílio dos sentidos comuns.É como se falasse de cores para um cego que conhece o mundo apenas pelo sentido do tato.Estareis falando do nada para eles.Assim encontra-se com muita frequência aqueles que falam sobre o verdadeiro wesem(essência) e sobre o supremo alvo do homem (o vidente) aos homens parecidos com os cego natos.Mas parar de falar sobre tais coisas seria desacreditar na humanidade.
Nenhum momento podemos duvidar de que seja possível abrir-se os olhos dos homens que trazem consigo a boa vontade.Partindo disso todos  aqueles que sentiam que o órgão de sentido     interior havia nascido, falaram e escreveram para os homens  sobre a “sabedoria oculta”.
Quem apreendeu dessa sabedoria sente-se tão seguro quanto aqueles de órgãos perfeitos sentem a posse das representações das cores.E poderá falar delas, asssim como o viajante pode falar sobre a Europa para aqueles que lá não estiveram; e eles poderão formar uma ideia sobre tudo que o viajante viu.
O pesquisador do mundo espiritual deve dirigir suas palavras à todos os homens. Pois ele tem coisas a falar que interessam a todos  os homens,pois ele sabe que ninguém   sem conhecimento dessas coisas é capaz de ser homem no verdadeiro sentido da palavra.Ele fala a  à todos os homens pois sabe que existe graus de compreensão para aquilo que ele tem a dizer.Porque o sentimento e a compreensão da verdade está em cada homem e essa compreensão   é uma força que conduz o homem aos graus superiores de reconhecença.
Este sentimento  leva a alma apreender a verdade e então pouco na pouco a verdade vem se aproximando da alma e lhe abrirá o sentido superior.Para tal precisamos  ter paciência e ´perseverança.
Erudição e cultura científica não são pré requisitos,para o sentido superior.As vezes um homem “tido culto” tem mais dificuldades do que o ingênuo,pois o conhecimento atual é baseado na ciência materialista e esta as vezes dificulta a compreensão da realidade.
Contra o que falamos aqui, frequentemente é contestado dizendo:”O homem é incapaz de saber sobre o sobrenatural”,por isso acham vaidoso aquele que afirma coisas que vão além dos limites da capacidade humana.
Tudo o que é considerado fora dos limites do homem, está dormindo dentro do próprio homem e é só uma questão de despertar o nosso inconsciente e o que era considerado fora dos nossos limites,passa a fazer parte do domínio da reconhecença.
O homem pode cumprir sua missão na terra sem entender sobre botânica,matemática ou outra ciência, mas não é possível sem ter-se aproximado da  wesendadee do desígnio do homem desvendado pelo saber do ultrasensual.
O supremo ao qual  o homem  é capaz de erguer o seu olhar, chama-se Divino e a sabedoriia  que ultrapassa o sensorial e que lhe revela o seu wesen é chamada de Sabedoria Divina ou Theosophia.

A apreciação dos processos espirituais na vida humana e no ominimundo pode ser chamada de ciência espiritual.

 

                                                   O WESEN DO HOMEM

As palavras de Goethe mostram um dos caminhos pelos quais o wesen do homen pode ser reconhecido:”Logo que o homem   vem a perceber os objetos em torno de de si, ele aprecia-os em relação a si mesmo;e com direito, porque todo o seu destino, depende de, se lhe agradam ou desagradam, se lhe servem ou prejudicam.Esse gênero todo natural de apreciar e julgar as coisas,parece fácil e necessário mas coloca o homem exposto a mil enganos, que as vezes o envergonham e amarguram a vida.Uma tarefa diária  muito mais pesada realizam aqueles que se propõem a observar os objetos da natureza em si mesmos.Para tal falta-lhes a medida do agrado e desagrado, da atração e repulsa.Devem renunciar a tal completamente, devendo pesquisar e examinar aquilo que é e não aquilo que agrada.É assim que a essência da planta não deve afetar  nem a sua beleza e nem a sua utilidade.
O pensamento de Goethe dirige a atenção do homem para 3 coisas:
1ª- Para os objetos que recebemos notícias pelos nossos sentidos quando cheiramos, ouvimos e vimos.
2ª – Para as impressões que o homem faz sobre os objetos que se caracterizam sobre agrado ou desagrado.
3ª- Para as reconhecenças que ele adquire sobre os objetos- são os mistérios do virtuar e existir desses objetos que se revelam.

Por aí o homem  verifica que está no meio de um tríplice gênero  com o mundo.O primeiro é o fato dado.O segundo faz ele ser o mundo seu assunto próprio.O teceiro ele considera o mundo como um alvo para o qual ele deve  incessantemente tender.
Isso resulta do mesmo modo que o homem tem 3  lados em seu wesen:plexo físico- alma e espírito.
Pelo seu plexo físico está o homem apto a por-se em comunicação com as coisas.
Pela sua alma guarda ele em si as impressões que elas exercem sobre ele.
Pelo espírito se revelam aquilo que as coisas mesmas se guardam.

Assim como o homem observa as coisas do mundo exterior, pode ele observar o seu próprio existir  plexial.Mas seus processos anímicos ele pode observar pela sua alma e seu espíirito revela-se por um mundo que está acima do físico e anímico.
Somente por meio de 3 generos diferentes de observação se pode obter clareza acerca desses 3 mundos e da participação do homem nos mesmos.

Quando reuníamos para estudar, sempre dizia para as minhas amigas.Devemos observar as situações, pessoas , coisas  e a si mesmo,sempre em todos os níveis. Físico, etérico, anímico e espiritual.

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