livro)
Rudolf Sterner
Quando Fichte, em 1813 expos a sua doutrina como fruto de
uma vida toda consagrada ao serviço da
verdade, pronunciou ele logo no
princípio:”Essa doutrina pressupõe um órgão de sentido interno inteiramente novo,por
meio do qual vem a ser dado um novo mundo, que de nenhum modo existe para o homem vulgar”.Essa doutrina é
incompreensível para aqueles que queiram julgá-la através do auxílio dos sentidos comuns.É como se falasse
de cores para um cego que conhece o mundo apenas pelo sentido do tato.Estareis
falando do nada para eles.Assim encontra-se com muita frequência aqueles que
falam sobre o verdadeiro wesem(essência) e sobre o supremo alvo do homem (o
vidente) aos homens parecidos com os
cego natos.Mas parar de falar sobre tais coisas
seria desacreditar na humanidade.
Nenhum momento podemos duvidar de que seja possível abrir-se
os olhos dos homens que trazem consigo a boa vontade.Partindo disso todos aqueles que sentiam que o órgão de sentido interior havia nascido, falaram e
escreveram para os homens sobre a
“sabedoria oculta”.
Quem apreendeu dessa sabedoria sente-se tão seguro quanto aqueles de órgãos perfeitos
sentem a posse das representações das cores.E poderá falar delas, asssim como o
viajante pode falar sobre a Europa para aqueles que lá não estiveram; e eles
poderão formar uma ideia sobre tudo que o viajante viu.
O pesquisador do
mundo espiritual deve dirigir suas palavras à todos os homens. Pois ele tem
coisas a falar que interessam a todos os
homens,pois ele sabe que ninguém sem
conhecimento dessas coisas é capaz de ser homem no verdadeiro sentido da
palavra.Ele fala a à todos
os homens pois sabe que existe graus de compreensão para aquilo que ele tem a
dizer.Porque o sentimento e a compreensão da verdade está em cada homem e essa
compreensão é uma força que conduz o
homem aos graus superiores de reconhecença.
Este sentimento leva
a alma apreender a verdade e então pouco na pouco a verdade vem se aproximando
da alma e lhe abrirá o sentido superior.Para tal precisamos ter paciência e
´perseverança.Erudição e cultura científica não são pré requisitos,para o sentido superior.As vezes um homem “tido culto” tem mais dificuldades do que o ingênuo,pois o conhecimento atual é baseado na ciência materialista e esta as vezes dificulta a compreensão da realidade.
Contra o que falamos aqui, frequentemente é contestado dizendo:”O homem é incapaz de saber sobre o sobrenatural”,por isso acham vaidoso aquele que afirma coisas que vão além dos limites da capacidade humana.
Tudo o que é considerado fora dos limites do homem, está dormindo dentro do próprio homem e é só uma questão de despertar o nosso inconsciente e o que era considerado fora dos nossos limites,passa a fazer parte do domínio da reconhecença.
O homem pode cumprir sua missão na terra sem entender sobre botânica,matemática ou outra ciência, mas não é possível sem ter-se aproximado da wesendadee do desígnio do homem desvendado pelo saber do ultrasensual.
O supremo ao qual o homem é capaz de erguer o seu olhar, chama-se Divino e a sabedoriia que ultrapassa o sensorial e que lhe revela o seu wesen é chamada de Sabedoria Divina ou Theosophia.
A apreciação dos processos espirituais na vida humana e no
ominimundo pode ser chamada de ciência espiritual.
O WESEN DO HOMEM
As palavras de Goethe mostram um dos caminhos pelos quais o
wesen do homen pode ser reconhecido:”Logo que o homem vem a perceber os objetos em torno de de si,
ele aprecia-os em relação a si mesmo;e com direito, porque todo o seu destino,
depende de, se lhe agradam ou desagradam, se lhe servem ou prejudicam.Esse
gênero todo natural de apreciar e julgar as coisas,parece fácil e necessário
mas coloca o homem exposto a mil enganos, que as vezes o envergonham e
amarguram a vida.Uma tarefa diária muito
mais pesada realizam aqueles que se propõem a observar os objetos da natureza
em si mesmos.Para tal falta-lhes a medida do agrado e desagrado, da atração e
repulsa.Devem renunciar a tal completamente, devendo pesquisar e examinar
aquilo que é e não aquilo que agrada.É assim que a essência da planta não deve
afetar nem a sua beleza e nem a sua
utilidade.
O pensamento de Goethe dirige a atenção do homem para 3 coisas:
1ª- Para os objetos que recebemos notícias pelos nossos
sentidos quando cheiramos, ouvimos e vimos.O pensamento de Goethe dirige a atenção do homem para 3 coisas:
2ª – Para as impressões que o homem faz sobre os objetos que se caracterizam sobre agrado ou desagrado.
3ª- Para as reconhecenças que ele adquire sobre os objetos- são os mistérios do virtuar e existir desses objetos que se revelam.
Por aí o homem
verifica que está no meio de um tríplice gênero com o mundo.O primeiro é o fato dado.O
segundo faz ele ser o mundo seu assunto próprio.O teceiro ele considera o mundo
como um alvo para o qual ele deve
incessantemente tender.
Isso resulta do mesmo modo que o homem tem 3 lados em seu wesen:plexo físico- alma e
espírito.Pelo seu plexo físico está o homem apto a por-se em comunicação com as coisas.
Pela sua alma guarda ele em si as impressões que elas exercem sobre ele.
Pelo espírito se revelam aquilo que as coisas mesmas se guardam.
Assim como o homem observa as coisas do mundo exterior, pode
ele observar o seu próprio existir plexial.Mas seus processos anímicos ele pode observar pela sua alma e seu
espíirito revela-se por um mundo que está acima do físico e anímico.
Somente por meio de 3 generos diferentes de observação se
pode obter clareza acerca desses 3 mundos e da participação do homem nos
mesmos.
Quando reuníamos para estudar, sempre dizia para as minhas
amigas.Devemos observar as situações, pessoas , coisas e a si mesmo,sempre em todos os
níveis. Físico, etérico, anímico e espiritual.
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