A Importância do
Cultivo da Fantasia na 1ª Infância
Existem
pessoas que apesar do pouco tempo de estadia aqui na terra, atuam com tanta
intensidade, alegria, criatividade e amor que deixam recordações fantásticas em
nossas Almas.
Assim era o
tio Salim.
Ele não era
nosso tio, mas amigo muito querido da família que por respeito chamávamos de
tio.
Costume da
nossa época, cidade onde vivíamos e convivíamos, já disse algumas vezes, como se fossemos uma
grande família.
Visitávamos
sempre estes amigos. Suas filhas passeavam com a minha irmã e minhas primas mais velhas.
Enquanto
elas passeavam, mamãe, tia Linda e as tias Georgete e Mari, conversavam,
tricotavam, faziam crochê. O doce que a tia Georgete fazia sempre era o de
cenoura, e era parecido com o de abóbora, muito saboroso por sinal.
Às vezes
chegávamos e as tias estavam tricotando roupinha de boneca. Enquanto elas
tricotavam e papeavam, o tio Salim contava estórias sobre as bonecas. A minha
fantasia ia a mil.
Ficava eu
imaginando as bonecas fazendo tudo o que ele narrava.
Ia para casa
vivendo intensamente aquela fantasia, adormecendo querendo vivenciar a próxima
aventura que a boneca iria realizar e ele, o tio Salim iria me contar.
Ficava ansiosa
para acontecer a nova visita e eu poder chegar lá e perguntar:
- Tio
Salim...... e as bonecas o que fizeram
esta semana?
Tudo
aconteceu na minha primeira infância dos 4 aos 6 anos.
Houveram,
vários episódios da estória, mas estes episódios encerraram incompletos, pois
ele partiu muito cedo deste mundo.
Lembro-me
com tristeza de uma noite, quando vieram avisar os meus pais.
A
convivência com as tias continuaram por vários anos até cada uma das filhas (irmã,
primas e amigas) seguirem cada uma o seu
destino. Mas, ... as estórias das bonecas perduram até hoje.
Após 60 anos
me pergunto:
-Tio Salim e
as bonecas?
Beijo na
Alma de todos onde estivem, e que visualizem
as imagens, movimento, cor e
emoções vibrando em minha alma até hoje .
Obrigado a
todos
Jane
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