Africa
Nossas Origens
Queridos
amigos,
Hoje quero
contar-lhes sobre um acontecimento que movimentou muito a minha Alma.
A celebração
da minha família dos 100 anos no Brasil.
Sei que
muitos de vocês têm histórias, semelhante, pois são filhos e netos de
imigrantes que partiram para a América, terra que corria ouro e mel.
Imagino o
quão doloroso foi deixar para trás família, pai e irmãos numa terra distante. Digo
pai, pois a mina avó: Saíde, faleceu de
febre amarela durante a 1ª guerra mundial.
Lembrei-me
de muitas histórias que meu pai contava. Do sorvete no gancho, do Rio Bardouni,
onde gelavam as bebidas, da escola onde
estudou, pela manhã em árabe e a tarde em francês onde aprendiam uma profissão,
a do meu pai era : Carpinteiro.
Durante a 1ª
guerra, tinham que ir durante a madrugada colher figos, tâmaras e matar um
carneiro, que escondiam no porão da casa para poder alimentar a família, pois
observavam os soldados que passavam pelas ruas, muitas vezes mastigando a sola
do sapato para enganar a fome que sentiam.
Como é triste
a guerra. Imagino como sofriam com
aquele frio rigoroso. E pensar que esta situação se repete até hoje.
Imagino a
tristeza e o sofrimento do meu pai e tios que tinham que marcar hora para se
comunicarem com os familiares do Líbano nos anos 70, devido a guerra civil.
Sofrimento e
vazio preenchido com o amor pela esposa e filhos.
Interessei-me
em verificar se a família no Líbano é tão numerosa quanto a do Brasil.
Sei que a
tia Mary, se estabeleceu em Pindamonhangaba, onde teve 6 filhos: Georgeta, Jorge, Angélica,
José, Jamil e Aberto. Tiveram filhos e netos e formaram uma grande família.
Convivi com
todos quando vínhamos de férias. Meus pais faziam de tudo para proporcionar a
nossa convivência com a família.
Fui então pesquisar
sobre a família da tia Rosa e Anice, “as que ficaram no Líbano”. Descobri que é
imensa também, o que me deixou encantada.
A tia Rosa
teve 7 filhos: Suad, Anis, Sami, Zaki, Hani, Nuhad
e Fayes.
A tia Anice
teve 6 filhos: Wadir, Jan, Jorge, Josefine, Jorgete e Fuad.
Todos
tiveram filhos e netos.
Hoje rendo a
minha homenagem a todos vocês.
Mesmo na
distância, acompanhamos as histórias de família e temos orgulho, assim como o
nosso pai sempre teve: “Da nossa Origem”.
Sinto todos,
presentes em meu coração.
É chegada a
hora de conhecermos e religarmos à nossa gênese, afim, de amarmos o mundo como um todo.
Abraços
afetuosos
Jane Baruki
Ferreira
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