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sábado, 7 de novembro de 2015

Para as mamães, papais e vovôs.

Para as mamães, papais e vovôs
Muitas vezes os nossos filhos e netos desmontam brinquedos, quebram algo e a gente não entende.Ficamos brabos e achamos que as crianças possuem espírito destruidor.Mas na maioria das vezes ela só quer entender e aprender o mundo dos adultos.
Por isso vou contar algumas das minhas peripécias.
Era metida a fazer coisas que gostava e que fantasiava.
Às vezes  à noite Laila e eu pegávamos a caneca, colocávamos pão e leite e comíamos radiantes imitando os gatinhos do livro de estória.
Adorava imitar as estórias que líamos e ouvíamos,  tanto que um dia, minha mãe havia confeccionado um vestido de baile para a minha tia Sálua e eu adorava a estória do sapateiro, onde durante à noite  enquanto o sapateiro dormia, os anõezinhos iam na sapataria e consertavam todos os sapatos.Quando o sapateiro chegava no outro dia na sapataria, os sapatos estavam todos consertados e engraxados.Pois bem: quis fazer o mesmo.Quando minha mãe saiu fui diretamente na sua oficina de costura e comecei a chulear o tal vestido de baile.Ai.... veio o desastre.No aparar a costura dei um pique no vestido.Quando mamãe voltou, mostrei o que havia acontecido.Ela desmaiou.Por sorte ela era muito habilidosa na costura que conseguiu arrumar o vestido e acho que a minha tia nunca soube do ocorrido.
Outra mania que tinha era de querer ser cabelereira.Achava e acho até hoje lindo a gente ajudar as pessoas a ficarem mais belas, pois expressamos a beleza interna através da nossa performance externa.Bom, as minhas amigas que tinham bonecas com cabelos compridos, sofreram nas minhas mãos.Eu as convencia de deixarem      cortar os cabelos das bonecas para elas ficarem mais bonitas.No final era uma choradeira só.As bonecas vinham com o cabelo só na frente e ao cortá-lo ficavam carecas.Lembra Fátima Cesar de Oliveira?

Como são importantes  as estórias infantis  construtivas na elaboração do caráter do ser humano.
Nas nossas brincadeiras, queríamos sempre fazer como nos acontecimentos que víamos e estorinhas que conhecíamos.
Lembram criançada e amigas vizinhas, quando brincamos de procissão e o desastre que foi? A Laila cortou a perna, levou vários pontos e ainda bem que se safou daquela.
Queríamos fazer como a galinha da estorinha que preparava o milho e fazia bolo para os pintinhos.Como a Branca de Neve fazendo a torta de maçã para os anõezinhos.
Na casa da tia Linda fazíamos na churrasqueira e nas panelinha da Regina Baruki comidinha de verdade e era uma alegria só. 

Comíamos como se fosse a melhor refeição do mundo....
O primeiro bolo de verdade que fizemos, Laila e eu foi um bolo mármore( preto e branco).Lembro-me como hoje.Estávamos tirando  o bolo do forno quando Alberto Baruki, meu primo chegou em casa e viu o bolo.Servimos um pedaço e ele disse:
_ Nossa este bolo ficou mármore mesmo.
Exato, esquecemos  de colocar fermento.Eu deveria já  ter nesta época  9 anos de idade.
Fora outras experiências de acertos e erros. Como o ensopado que fizemos  quando convidamos a nossa amiga Marise Fontoura Prado Iovine para almoçar e o ensopado virou sopa mesmo.....
E a vida é assim, na curiosidade, no fazer desde cedo é que a gente desenvolve   as habilidades que carregamos para o resto da vida.
Exemplo, meu irmão Zuza, que desmontava em casa todos os aparelhos eletrônicos.Alguns conseguia remontar outros não.Como o nosso ferrinho de passar que brincávamos e passávamos roupas de verdade.Ele se tornou um grande exper em eletrônica e trabalhou neste ramos sempre.
QUERIDAS MAMÃES, PAPAIS E VOVÕS, TENHAMOS PACIêNCIA E ENTENDAMOS  AS NOSSAS CRIANÇAS.
Abraços

Jane

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