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sábado, 25 de setembro de 2021

Lembranças da querida Laila -4


Bom dia amigos.
Continuando com as boas e belas recordações da mana Laila.


 Durante todos estes, 36 anos restantes, viveu a maior parte do tempo em Campo Grande- MS, para poder acompanhar os estudos dos filhos.

Em Campo Grande criou muitos laços de amizade, reencontrou antigas amigas,  pessoas maravilhosas e queridas, onde participou de vários grupos (5) filantrópicos e com estes grupos frequentou também  vários encontros culturais e sociais.








  Muitas vezes nos encontramos: na casa dos nossos pais  ainda vivos, nas casas de nossos irmãos e sobrinhos, aqui em casa, em sua própria casa, na casa das Primas Terezinha e Regina e nos encontros de família.

Mas teve um encontro que considero especial.

O nosso encontro no lançamento do livro: "Mato Grosso do Sul - 40 anos- Campo Grande-MS

Este encontro marcou a nossa ligação para todo o sempre, onde os nossos nomes aparecem no mesmo livro.

O teu Laila, na participação em movimentos  Assistenciais Sociais, e o meu através das minhas poesias.

Confirmando assim, a nossa ligação de destino, unidas em atividades diferentes com o mesmo objetivo,

Tudo registrado no livro da vida e na importante Coletânea de comemoração dos 40 anos da divisão do nosso estado querido- MS.

E assim encerro o meu pequeno relato de uma vida extensa e rica em conteúdo Anímico Espiritual que virtuara eternamente em nossos corações.

Beijo em sua alma querida Laila

Da mana

Jane

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Lembranças da querida Laila-3


Bom dia amigos,
Continuando das boas recordações da mana Laila.



 



Dia e noite dançávamos ao som e balanço do trem. Ao acordarmos íamos ao vagão do restaurante tomar o café da manhã, no almoço também saboreávamos o arroz, feijão o bife à cavalo. Era um banquete. Todo mundo alegre, conversando, dizendo seu destino. O trem vinha até Bauru, lá baldeávamos para pegar outro até São Paulo.

Sabíamos de cor todo o trajeto, 12 horas   de   Corumbá  até Campo Grande, mais 12 horas de Campo  Grande à Três Lagoas e mais 12 horas até Bauru.

Não tínhamos pressa, ficávamos atentas admirando tudo e todos. A cada estação no pantanal, as pessoas vendendo peixe frito, chipa, bocaiuva, bolo de arroz, sopa paraguaia, manguita. Ao som do locutor escutávamos: Urucum, Bodoquena, Piraputanga, Miranda, Aquidauana e por fim, Campo Grande.

Foi depois de uma destas viagens, Laila com 18 anos e eu com 16 anos, ela decidiu entrar para a vida religiosa. Voltávamos de São Paulo para Corumbá de trem com os primos Roberto e Sheila Hafez, foi quando nos separamos, ela ficou em Campo Grande e eu segui com os primos para Corumbá, pois foram passar as férias em nossa casa.

 Sofri muito na época, pois tinha perdido uma companheira de vida toda. Mas aos poucos fui entendo a sua vocação e nos correspondíamos por carta onde contávamos nossos segredos.

 Enquanto era aspirante, eu a visitava no colégio Alto da Lapa.

Depois ela serviu a Deus, à Educação e aos mais necessitados por 18 anos. Foi Religiosa em Campo Grande- MS, Rondonópolis, MT, Alto Araguaia- MT, e Lins- SP.

Nesta época, todas as  vezes que eu viajava de trem com os meus filhos de São Paulo à Corumbá, parávamos em Lins ou Campo Grande, no Colégio Salesiano e passávamos o dia com a Laila .

Aos 36 anos, mais madura, resolveu se abdicar do Hábito,  onde depois de algum tempo se casou e teve os seus dois tesouros: Natália e José Augusto., razão de amor da sua vida.





quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Lembranças da querida Laila-2- continuação

Bom dia amigos.
Continuando com as boas recordações,
 



 Desde pequena, nós (eu e meus irmãos principalmente a Laila que era minha companheira de quarto) dormíamos ansiosas para sermos acordadas um pouco antes da meia noite com os fogos do festejo  do São João e com a música que ouvíamos no cortejo dos andores:

"Deus te Salve, João, Batista Sagrado,no teu nascimento nos temos alegrado",

                                                                                                                          

 ao chegarem na Ladeira o tambores rufavam e todos se animavam cantando o refrão com muita alegria:

Se São JoãoSoubesse
Que hoje era seu dia
Descia do céu à terra
com prazer e alegria!
Todos os anos,descíamos a Ladeira de Corumbá acompanhando os andores para o banho de São João no Rio Paraguai e é muito emocionante saber que esta tradição não foi quebrada e se conserva até os nossos dias.
Símbolo da passagem do Batismo da Água(desde a época do Cristo) para a nova era com o Batismo do Fogo.
Fogo da fogueira, fogo do coração, fogo que transforma tudo e todos em Luz Espiritual,unindo as pessoas não apenas pelos laços de sangue(água,família)mas também pelos laços de luz..


 

Como são importantes  as estórias infantis  construtivas na elaboração do caráter do ser humano.

Nas nossas brincadeiras, queríamos sempre fazer como nos acontecimentos que víamos e estorinhas que conhecíamos.

Lembram criançada e amigas vizinhas, quando brincamos de procissão e o desastre que foi? A Laila cortou a perna, levou vários pontos e ainda bem que se safou daquela.

Queríamos fazer como a galinha da estorinha que preparava o milho e fazia bolo para os pintinhos.Como a Branca de Neve fazendo a torta de maçã para os anõezinhos.

Na casa da tia Linda fazíamos na churrasqueira e,naspanelinha da Regina,comidinha de verdade e era uma alegria só. 

Comíamos como se fosse a melhor refeição do mundo...

O primeiro bolo de verdade que fizemos, Laila e eu foi um bolo mármore( preto e branco).Lembro-me como hoje.Estávamos tirando  o bolo do forno quando Alberto, meu primo chegou em casa e viu o bolo.Servimos um pedaço e ele disse:

_ Nossa este bolo ficou mármore mesmo.

Exato, esquecemos  de colocar fermento.Eu deveria já  ter nesta época  nove anos de idade.

Fora outras experiências de acertos e erros. Como o ensopado que fizemos  quando convidamos a nossa amiga Marise,para almoçar e o ensopado virou sopa mesmo.....

E a vida é assim, na curiosidade, no fazer desde cedo é que a gente desenvolve   as habilidades que carregamos para o resto da vida.



quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Lembranças da querida Laila.

Bom dia amigos

Esta semana vou postar um pouco da minha convivência que tive com a mana Laila,, boas e belas recordações.

Fazíamos tudo juntas: brincávamos, íamos à escola, nos divertíamos, viajávamos etc.

Em várias Crônicas e livro que escrevi, quando relato nós, sim, nós, Laila e Jane, íamos primeiramente com os nossos pais depois maiores, o nosso irmão Márcio nos acompanhava, pois a minha irmã mais velha, a Angélica nesta época era casada e residia fora, assim também nesta época o meu irmão Zuza estudava fora.

 




 

Vou contar um pouco dos anos 1950/1960. Aos domingos, fazíamos piquenique. A família toda ia às fazendas São João, Urucum e Bandalta, que à época era de propriedade do  meu primo Salomão. Íamos todos alegres, sentados nos bancos que eram instalados na carroceria do caminhão pertencente aos Irmãos Baruki (a sociedade dos tios Amin e Wadih e do primo Alberto).

Tinhamos um hino de família. Lembro-me apenas do refrão: "Oh! abre alas, deixa a família Baruki passar".

Enquanto tomávamos banho de piscina, sempre de água corrente, as “três Marias”: Tia Syria, Tia Linda e Mamãe (Najla) preparavam o tabule e outros quitutes. Era bonito ver como as três cunhadas se davam bem. Consideravam-se e tratavam-se como irmãs.

Sou de uma geração que se contentava com pouco. Tudo era motivo de alegria.
As brincadeiras no quintal da minha casa, ou na casa da Tia Linda eram uma delícia! Usávamos a churrasqueira para cozinhar de verdade, nas panelinhas da prima Regina e comíamos num joguinho de louça que ela aínda tem.
Sou de 1951, acho que me lembro da primeira vez que fui à maternidade. Foi quando o primo Reginaldo nasceu, em 1954. Tudo era motivo de festa: o nascimento, o primeiro dente (para comemorar, comíamos um doce árabe que se faz com trigo grosso e nozes)...

 Lembro-me de cada nascimento dos primos Lígia, Carlinhos, Auxiliadora, Siméia, Sandra (do Wilson) e a outra Sandra (de Pinda, filha da Neusa), Jorge Ricardo, Marcos, Amin José, Sergio, Silvia, Lúcia Helena, Charles, Vera Lícia, Paulo (filho do Salomão, Paulo (filho do Wilson), Laís Adriana etc.

Nos dias anteriores às festas de aniversários, reuníamo-nos na casa do aniversariante para preparar os doces, salgados e bolos. Ao final da festa, sempre tocavam música árabe e dançávamos todos juntos.

Costumeiros também eram os almoços de domingo. Quando não fazíamos piquenique, almoçávamos, todos os tios e primos, na casa dos meus pais, na casa do Tio Wadih, ou na casa do Tio Amin. Os  três irmãos aproveitavam e jogavam Taule.

Por ocasião do Natal e do Ano Novo, também nos reuníamos.  A imagem que tenho, até hoje, é do Tio Amin desossando a cabeça do carneiro para distribuir aos familiares. Esse carneiro ficava dependurado em uma árvore no quintal do Tio Wadih, já abatido. Acompanhávamos todo o ritual de tirar o couro, as víceras, etc, até ele ser assado e servido no almoço. 

Já maiorzinha, íamos à matinê do Cine Santa Cruz, com o meu irmão Márcio . Nunca queríamos perder a matinê, por causa do seriado.  

Desde muito cedo, meus pais proporcionaram muitas viagens para nós (a minha irmã Laila e eu). Saiamos todas as férias, fazendo via sacra nas casas das tias em São Paulo, Mirassol, Araraquara, Santos e Pindamonhangaba. Também viajávamos com a mamãe quando ela fazia compras para abastecer a Casa Jomar, a loja de propriedade dos meus pais. Na época em que usei aparelho, íamos (a mamãe e eu) de dois em dois meses para Araraquara. Sei que foi um sacrifício enorme para eles. Minha gratidão eterna. 

 

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Laila- Mana querida.


 

Bom dia.

Queridos amigos, obrigado à todos por compartilhar conosco a amizade e palavras de conforto nesta fase difícil e dolorosa que estamos passando.

Estou muito arrasada, pois, a vida inteira fizemos,  uma dupla de irmandade, amizade e apoio mutuo: Laila e eu. Como dizia nossos primos: Laila e Jane, Jane e Laila.

Ontem perdemos mais uma irmã da nossa querida família.

Outro dia éramos crianças e  jovens. Brincávamos juntas, viajávamos juntas. Apesar dos reveses da vida continuamos amigas e companheiras.

Quarta feira passada, falei pela ultima vez com ela. Estava lutando com toda força contra a doença, da mesma força que lutou e viveu sempre. Estava confiante, entusiasmada e feliz em participar da reunião de família que iremos realizar daqui uns dias.

Apesar das dificuldades, ansiava  em se encontrar com a família. Esta família que ela amou    com toda  a intensidade e nós a amamos também. Reunião de família, vivenciar os encontros e união era o que ela mais amava e o que a deixava mais feliz.

Sempre nos recebeu com um sorriso no rosto, com seus quibes, esfirras e quitutes deliciosos.

Dedicou a sua vida aos filhos e aos mais necessitados.

Vá em paz minha irmã e companheira.

Serás recebida com muito carinho pelos nossos pais, irmão e cunhados.

Gratidão por tudo que passamos e vivemos juntas. Conseguiste completar com chave de ouro, sua vida formando e educando os seus filhos.

Obrigado queridos sobrinhos: Natália e José Augusto vocês são os meus Heróis. Acompanharam esta linda e querida Mãe até o seu ultimo suspiro vivenciando assim o verdadeiro Amor Familiar.

Que Deus a receba no reino do Céu com toda Gloria merecida.

Sentiremos muito a sua ausência, mas um dia nos reencontraremos com a benção de Deus.

Querida mana Laila, Viva de Amor e Luz no reencontro com Deus e que o Manto da Virgem Maria te proteja e te conduza em sua nova caminhada.

Beijos em tua Alma

da sua irmã,

Jane